Mas, afinal, o que é mobilidade urbana?


Mobilidade urbana não é um termo novo para conceitos velhos. Mobilidade urbana não é tráfego, não é trânsito, não é transporte, não é fluidez. Mobilidade urbana não é a forma mais rápida de se deslocar do ponto A ao ponto B. Embora o seu conceito tenha interfaces com tudo isso.

Mobilidade urbana é o potencial de qualquer ser humano de ir e vir nas cidades, escolhendo formas diversas para se deslocar de maneira segura e confortável. A melhor maneira para cada um. Isso significa que dentro do conceito de mobilidade estão meios diversos, percursos diversos, velocidades diversas, incluindo a possibilidade de paradas, descanso, ócio, trocas, interação. Do não deslocamento.

Mobilidade urbana pressupõe, então, a possibilidade de escolha e do direito à cidade, na sua acepção mais ampla, e demanda repensar as questões da escala humana, da diversidade humana (crianças, adultos, idosos). Pressupõe lidar com o espaço público e entender as implicações desse potencial de escolhas de ir e vir na materialidade urbana. Inclusive da possibilidade de não ir nem vir, proporcionada pelas novas tecnologias de informação e comunicação. As conseqüências no espaço físico, construído. Na paisagem urbana e nas questões ligadas às formas da cidade; que competem, sim, aos arquitetos pensarem, dentro desse objeto multidisciplinar que são as cidades.

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