Sunday was a brigth day, yesterday....


Simulação volumétrica do bairro do Comércio com o aumento do gabarito dos prédios, segundo o novo plano diretor (2008).

Levando em conta o estudo, o argumento que versa sobre a obstrução das diversas vistas - seja do mar ou da cidade alta - não procede, exceto pela visão das tranversais da Rua Portugal, como a Visconde do Rosário, que hoje permite visualizar o belvedere da Sé, onde fica a escultura da Cruz Caída.

A obstrução da visão dos marcos históricos da Cidade Alta e que estão inseridos no perímetro de proteção rigorosa do Patrimônio, quando acontece, é de forma parcial e em pontos muito específicos. Por isso as análises baseadas em fotografias são limitadas: não registram a dimensão do movimento.

Mais grave, no tocante a leitura desses monumentos, são os prédios que se levantam por trás do conjunto da Misericórdia e que impedem o recorte da silhueta da Igreja contra o céu. Esse prejuízo é antigo, no entanto.

De todo o modo, tudo isso não autoriza uma lei generalista que olhe para o Comércio como se lá não houvessem especificidades. E o sentido da censura ao aumento do gabarito no Comércio deveria se fixar na possível perda de casarões históricos ao longo da base da encosta. Esse, sim, um perigo iminente.

Nesse caso, as políticas de revitalização do Comércio deveriam incentivar a sua recuperação e utilização para usos como, por exemplo, moradias temporárias (universitárias, guest houses, etc) e outras atividades que prolonguem o uso além dos horários e dias comerciais. Salvaguardando, assim, aquele tecido histórico que mantém a leitura no tempo das modificações pelas quais passou o bairro, além da ambiência diferenciada que faz hoje a sua diversidade tipológica.

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