Mapa da atividade de celulares durante um show de Madonna em Roma
A 10a edição da Mostra Internacional de Arquitetura, dentro da Bienal de Veneza, abriu suas portas no último dia 10 de Setembro e segue até 19 de Novembro deste ano. O foco dessa vez são as cidades, mais especificamente as grandes metrópoles do mundo e as questões da migração, mobilidade, integração social e crescimento sustentável. Agenda óbvia e necessária.
Entre os diversos projetos, a contribuição do SENSEable City Lab, laboratório do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos mostra um pouco por onde nos levam os caminhos do planejamento urbano contemporâneo e as novas possibilidades de mapeamento das cidades.
Com o projeto Real Time Rome, o MIT apresenta a cidade de Roma para além dos seus monumentos. Nos mostra a dinâmica da cidade mapeada através de telefones celulares e as mídias de localização dos sistemas de táxis e ônibus da capital italiana. Trata-se de uma interface única que agrega os dados dessas bases móveis, em tempo real, mostrando percursos des redes de informação e comunicação, texturas da movimentação de pessoas e sistemas de transportes e o uso social e espacial das ruas e bairros. Roma che non è interrotta.
Interface do Real Time Rome, na Bienal de Veneza
Todas essas informações podem ser cruzadas de diversas formas e diferentes mapas podem ser gerados ao longo de um dia, uma semana etc. É curioso notar, por exemplo, o estudo da utilização de celulares na cidade durante uma música de Madonna - Live to Tell -, no show de junho deste ano no Estádio Olímpico. O gráfico nos permite ver onde e como a cidade 'pulsava' naquela noite.
O MIT não deixou de assinalar o legado dos mapas de Roma através do tempo, do 'olho de pássaro' de Giambattista Nolli em 1748 ao mapeamento de Edmund Bacon, em 1974, para as intervenções que o papa Sisto V fez na Cidade Eterna, no século XVI. Um entendimento de que os mapas da cidades não escapam as idéias dominantes de uma época, sendo também reflexos da história e das ideologias.
Projetos como Real Time Rome mostram, no entanto, ainda mais. São índices de que o novo espaço urbano, dito ampliado, mais do que uma 'realidade' a ser considerada, redefine os conceitos sobre as metrópoles, sobretudo na investigação da longa noite que separa a construção dos discursos visuais sobre a cidade e a sua apropriação social por seus atores mais frequentes. 'The city no longer exists, except as a cultural ghost for tourists' (Marshall McLuhan, 1967).
A 10a edição da Mostra Internacional de Arquitetura, dentro da Bienal de Veneza, abriu suas portas no último dia 10 de Setembro e segue até 19 de Novembro deste ano. O foco dessa vez são as cidades, mais especificamente as grandes metrópoles do mundo e as questões da migração, mobilidade, integração social e crescimento sustentável. Agenda óbvia e necessária.
Entre os diversos projetos, a contribuição do SENSEable City Lab, laboratório do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos mostra um pouco por onde nos levam os caminhos do planejamento urbano contemporâneo e as novas possibilidades de mapeamento das cidades.
Com o projeto Real Time Rome, o MIT apresenta a cidade de Roma para além dos seus monumentos. Nos mostra a dinâmica da cidade mapeada através de telefones celulares e as mídias de localização dos sistemas de táxis e ônibus da capital italiana. Trata-se de uma interface única que agrega os dados dessas bases móveis, em tempo real, mostrando percursos des redes de informação e comunicação, texturas da movimentação de pessoas e sistemas de transportes e o uso social e espacial das ruas e bairros. Roma che non è interrotta.
Interface do Real Time Rome, na Bienal de Veneza
Todas essas informações podem ser cruzadas de diversas formas e diferentes mapas podem ser gerados ao longo de um dia, uma semana etc. É curioso notar, por exemplo, o estudo da utilização de celulares na cidade durante uma música de Madonna - Live to Tell -, no show de junho deste ano no Estádio Olímpico. O gráfico nos permite ver onde e como a cidade 'pulsava' naquela noite.
O MIT não deixou de assinalar o legado dos mapas de Roma através do tempo, do 'olho de pássaro' de Giambattista Nolli em 1748 ao mapeamento de Edmund Bacon, em 1974, para as intervenções que o papa Sisto V fez na Cidade Eterna, no século XVI. Um entendimento de que os mapas da cidades não escapam as idéias dominantes de uma época, sendo também reflexos da história e das ideologias.
Projetos como Real Time Rome mostram, no entanto, ainda mais. São índices de que o novo espaço urbano, dito ampliado, mais do que uma 'realidade' a ser considerada, redefine os conceitos sobre as metrópoles, sobretudo na investigação da longa noite que separa a construção dos discursos visuais sobre a cidade e a sua apropriação social por seus atores mais frequentes. 'The city no longer exists, except as a cultural ghost for tourists' (Marshall McLuhan, 1967).
Geotags (localize-se)
Stadio Olimpico, Roma
Bienal de Venezia
Direto no Google Earth
Stadio Olimpico
Bienal
Web
http://www.labiennale.org/en/architecture/
http://senseable.mit.edu/
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